sexta-feira, 15 de julho de 2016
Crise
Estamos sempre passando por vários períodos de mudanças e transformação. Fala-se tanto em crise que já está faltando homem pra tanto significado.
É a crise econômica que nos prende ao chão, sempre exigindo que novos cálculos para as velhas despesas sejam feitos e nos restringindo ao básico. Junto a isso, observamos um país quebrado de sul a norte, com suas instituições político administrativas falidas sendo diariamente expostas ao ridículo e colocando o povo atordoado em um picadeiro, como palhaços da vez.
Somando-se a isso, vemos a base de tudo, a educação, sendo sucateada e tratada com desdém, uma crise cultural generalizada onde a música que mais se ouve é a que menos se pensa. Dói nos ouvidos, mas ainda que gosto não se discuta, eu tenho o meu e faço bom uso dele.
Seguidamente eu entro numa crise de ansiedade, que me tira o sono, as vezes a fome, ou me deixa ainda mais glutão. Uma sensação de que as horas não passam, as coisas não bastam, confusão mental, perda de criatividade. Já achei que fosse a crise da meia idade, quase irrompendo numa crise de identidade, o dueto da bipolaridade.
Se parar pra ver, toda essa subjetividade se apresenta mais como uma crise existencial, que nos faz duvidar do que somos, de quem somos, do pra que da vida, do por que dos sonhos, do pra onde seguir.
Talvez todas essas dúvidas sejam apenas reflexos da nossa (da minha) envelhescência, tentando por em xeque nossas convicções. Talvez todas essas crises nos ajudem, de alguma maneira, a evoluir. Elas nos levam a buscar outro caminho, um novo olhar, um viés diferente para o mesmo significado.
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