Hoje eu acordei com uma vontade quase incontrolável de te dizer bom dia. Simples assim.
Sai cedo, andei pelas ruas e parecia que a qualquer momento ia dar de cara com você. Quem sabe naquela esquina da xingu com a brasil, enquanto esperava o sinal abrir para mim você apenas surgisse de repente. sei lá.
É engraçado perceber que as vezes me pego olhando para as pessoas na rua e, inadvertidamente, num susto, me vejo montando um quebra-cabeças, um mosaico surreal sem sentido, vendo como aquela tinha o seu jeito de andar, a outra as suas pernas, pouco depois vejo os seus olhos e o seu sorriso e mais adiante encontro um nariz igualzinho ao seu. Assim vou distraindo a sua ausência, mascarando a saudade, entretendo os pensamentos e instigando a imaginação.
No momento em que as palavras já não desempenham o sentido que deveriam e, quanto mais se diz parece que menos se entende, mais se complica, eu gostaria de poder ficar calado, mas tem um grito preso na minha garganta, uma explosão de verbos e predicados, todos endereçados a você.
Então, só pra matar a minha vontade:
- Bom dia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário