Celebremos as diferenças, de gostos e cores, de aromas e sabores, de gênero e de pensamentos. Demos graças a essas diferenças, a essa vasta lista de opções das quais podemos optar e divergir, criando assim nossos próprios ambientes, nosso pequeno universo particular, nossa zona de conforto.
Celebremos aquilo que você vê em outros e não em mim, que somente assim eu guardo a minha particularidade. O que seria de nós sem nossas diferenças. O que seria de mim se eu fosse igual a todo mundo.
Não sou belo, nem perfeito, embora goste de pensar assim as vezes. Me deixa confortável. Mas já disse, a realidade é relativa, tão relativa quanto a verdade.
Sou diferente de você, você de mim. E é aí que está toda a beleza. Gosto quando você pode ser irritadiça e eu consigo me manter calmo e sorridente. Gosto quando você tem sono e eu consigo continuar acordado e te acariciar os cabelos e o rosto, gosto quando você tem fome e sou eu quem tem que cozinhar pra você.
Sei que a diferença entre aparecer com uma bandeja de sushi comprado no mercado e te levar pra jantar no restaurante japonês é gritante, mas a questão é o elemento surpresa, e ver o teu sorriso nessa hora não tem preço.
E quando as lembranças me trazem coisas ruins, eu vejo que existe uma diferença absurda entre ficarmos os dois trancados na garagem sem chave, sem jeito de sair mas poder transar efusivamente escorados nas paredes, depois dormir no chão entre os carros até amanhecer e entre cada um de nós termos uma chave de um apartamento e precisarmos de algum motivo pra transar.
Diferenças existem, é fato. É louco escrever e não ser lido, desejar e ser rejeitado, amar e não ser correspondido. Não, não é louco. É en-lou-que-ce-dor.
Existe um abismo entre: amar desesperadamente, planejando um futuro longo e bonito e entre querer viver um momento com um alguém qualquer por ai, independente do nome que este alguém venha a ter. Não importa.
Eu sei. Sou diferente de você. Mas em algum momento foi isso que te atraiu pra mim.
E, eu sei, você é muito diferente de mim... e é ai que está o ponto. Se fosse pra ser igual a mim, eu mesmo me bastaria.
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