Volte para mim, oh vontade de escrever.
Me venha com palavras fáceis, em verso ou em prosa, rasgue de dentro dos dedos que tremem, denunciando a falta de coragem ou a falta de jeito.
Vença a distração do telefone que toca nas horas impróprias e que leva pra longe as poucas rimas que surgem.
Faça desse branco vazio um esplendoroso bem-dito, que traga o suspiro e o riso com lágrima.
Não se entregue às dúvidas nem às dívidas do mau uso do verbo, ou da carne. Venha fácil, leve e sem receio. Fale do seio, da boca, do beijo ou simplesmente do rímel borrado nos olhos dela. Quero a palavra molhada, com o gosto do sexo e da cerveja gelada do bar. Quero todas aquelas letras que me sobram quando acordo de madrugada, quando sono me falta e idéias me sobram.
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