segunda-feira, 7 de maio de 2012

soneto


oito anos,
e naquele dia então, ela sorriu
mas acho, lembrando agora
que só os olhos ainda eram os mesmos
há muito não os via brilhar
e chamuscaram os meus.
e me tomou pra si
sem chance,
sem chave
sem palavras
nem precisava
e assim,
moldados pelo tempo
marcados pelo destino
num laço
um aperto sem nó
sem dó
e sem remédio
me arrancou do tédio de dias sem fim
e o mundo,até então quieto
agora cirandava ao nosso redor
multicolorido
reabastecido do combustivel que alimenta a roda da história
e em gloriosos momentos felizes
fomos
um no outro
um do outro
dois em um.

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