Descontentamento.
Não dá mais pra ser assim.
Está tudo ai, passando, quase que correndo e as vezes, escorrendo pelos dedos.
Ei, você! Venha, me abrace, me pegue, me agarre, não deixe que eu fuja, que eu me acovarde.
Eu não sei, mas pode ser você quem vai mudar tudo, quem vai tirar esse peso de mim, remover essa casca, essa carapaça, essa mascara que, eu sei, te assusta.
Me pegue pela mão, me leve pra passear, caminhar até o por-do-sol, ver o cair das estrelas na ausência da lua.
Ei, você! eu sei, não sou bonito, e minhas posses não vão além daquilo que carrego nos bolsos. Não falo muito é verdade, me mantenho sempre um pouco afastado e, O que pode parecer antipatia eu descreveria como pura timidez.
Sei batucar um violão e poderia, algumas vezes, distrair suas noites, acalantar seu sono, fazer brotar um sorriso, ou até mesmo um lágrima.
Tenho uma pá de defeitos, de vícios, e estes as vezes até se sobressaem sobre as minhas virtudes, algo que tenho que melhorar, e muito.
Mas eu sei, você pode me ajudar!
Ei, você! Ei...
Beto! é, Você mesmo, Beto.
Você pode me ajudar?
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