Foi à primeira
vista, tenho certeza. Desde a primeira vez em que te vi, algo se acendeu em mim. E tem coisas que a
gente não sabe muito como explicar, quando vi já era, como se desejos do
passado se materializassem no meu corpo. Interessado, fui atrás, fiz contato,
telefonemas, conversas olho o olho até que finalmente você estava comigo.
Lembro de
praticamente tudo, nossos primeiros momentos juntos, nossos passeios pelas ruas
da cidade. Eu estava mesmo feliz e desde o inicio tive pra mim que seria uma
relação pro resto da vida. Tudo, enquanto novidade, é prazeroso e parece não
ter fim.
Sempre gostei
do teu estilo, das tuas formas, das tuas curvas, essas coisas que desde quando eu
era ainda um adolescente já me despertavam desejo.
Porém, passado
o tempo de novidade, aquele interlúdio de embriagues saudosista, algumas coisas
começaram a realmente me chatear, e eu já não me sentia mais tão feliz como de
início. Seus defeitos começaram a saltar aos olhos e eu, incomodado, tentei
mudar algumas coisas em você, e algumas até consegui, adaptando e me adaptando
a tudo.
Eu sei, e devo
admitir que fui negligente em vários momentos, ignorando os teus sinais de que
alguma coisa não andava bem, que você estava precisando de um pouco mais de
atenção, e eu demorei pra perceber isso. Outras vezes também, em que eu
ultrapassei os teus limites, exigido mais do que você poderia oferecer. Mas o
que eu podia fazer, eu queria que fosse perfeito.
Para quantos
lugares fomos juntos. Passamos bons e maus momentos. As vezes que fomos pro
sitio, em que eu bebia além da conta, só resolvia que era hora de dormir quando
já não suportava o peso dos olhos e, sem força pra nada, me aconchegava e acaba
dormindo dentro de você, sem mais.
Nunca fui de
sentir muito ciúme, e por isso deixei você sair com outras pessoas, que tenho
certeza, nunca teriam por você o mesmo carinho e atenção. Sei que passei muitas
vezes por você, sem querer prestar atenção, sem te olhar diretamente pra não
ver coisas que me deixariam triste. Quantas e quantas vezes eu já pensei, e
confesso, tentei me livrar de você. Mas não pude... e ainda não posso.
Então, o que
me resta é dizer aquilo que nunca disse, ao menos não em voz alta, isso que
sempre esteve guardado dentro de mim e que é a mais pura verdade: meu Opala
querido, eu te amo!
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