Dia mundial do rock!
Lembro que, desde bem pequeno, na
minha casa sempre teve música. Não por nada, me deram o nome de Roberto Carlos,
mas se chamar de Beto, eu atendo.
Entre o grande rádio a pilha, que
segundo meus pais, veio até um técnico para instalar quando foi comprado, que
usava quatro daquelas pilhas grandes e, invariavelmente, estava sintonizado nas
ondas da rádio Celinauta e o aparelho de som, que tocava apenas discos de
vinil, havia uma grande diferença sonora.
O rádio, estava sempre na cozinha,
onde ainda fica, sempre tocando as modas da época, sertanejas e populares, de
Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico e essas coisas que todo mundo conhece à
Roberto Carlos, José Augusto e eventualmente uma coisa mais moderna. Minha mãe
e suas empregadas faziam o serviço de casa ligadas ns ondas do “abelhão”. Já o
aparelho de som, o toca-discos, ficava na sala, reduto dos meus irmãos mais
velhos. Ali, a variedade era bastante grande. Sábados à tarde eram de grande
movimento ali em casa, espécie de ponto de encontro com os amigos da rua, uma
turma bastante parecida com a que eu tenho hoje, em número e em companheirismo.
Sentavam nos sofás da sala e ali
ficavam tocando e trocando discos, alguns traziam os seus de casa, e eu, sempre
metido no meio. Acho, lembrando meio assim, que nem era tão bem vindo no meio
deles. Como todo irmão mais novo, estava sempre querendo participar e fazer
parte daquela diversão, dos papos, mas a única coisa que eu podia mesmo
usufruir era da música. Esta, estava livre a todos os presentes. Beatles, Bob
Dylan, Pink Floyd, o imortal Raul Seixas e muito Robertão, “das antiga”. Eu até
fazia algum protesto quando colocavam algum disco de “discoteque”, que eu
achava ruim pra caralho, mas que hoje é o perfil do repertório da banda Nega Fulo,
por exemplo. Vendo assim, o ruim, ainda era muito bom.
Graças a isso, mesmo o rádio da
cozinha tocando as modas que eu aprenderia decór, o toca-discos da sala me
conquistou, e me pôs na trilha do rock’n’roll. Meus irmãos foram casando,
chegou o CD e os discos de vinil foram ficando, largados em um canto, e eu
acabei por herdá-los, felizmente.
Hoje, vejo minha filhota copiando
meus mp3, buscando por ela mesma as bandas de rock que interessam a ela e,
felizmente, curtindo musica boa. E, isso também, me faz muito feliz!
Longa vida ao Rock’n’roll! Eu já
deixei minha semente, faça você também a sua parte!
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